quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

" Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão" (Sl 126:5)

Existem semelhanças entre a vida humana e a agricultura. O próprio 
nascimento serve como analogia. Um útero é fecundado, vem o período 
de gestação silenciosa onde o feto vai se desenvolvendo lentamente 
até o momento do parto. Segue-se um período gradual de crescimento, 
amadurecimento, envelhecimento e morte. Tudo é misteriosamente 
poético. Mistério da criação, poesia da vida. É Deus escrevendo a 
história. 
Não é assim com a terra? O solo é fecundado pela semente. Vem um 
silencioso período de gestação e a semente brota. A planta nasce, 
cresce, frutifica e morre. É lindo e misterioso. No silêncio de dias 
e noites, chuva e sol, frio e calor, a terra dá o seu fruto. 
Não é menos belo o que fazemos na vida. Muitas semeaduras humanas 
são feitas em meio as lágrimas. Lágrimas que fertilizam e regam o 
que plantamos. E então, como um agricultor experiente respeita o 
mistério da natureza e espera pacientemente o momento de colher o 
fruto, aguardamos. 
Lágrimas nem sempre são sinais de desespero, às vezes emitem 
esperança. No tempo apropriado transformam-se em risos. No jubiloso 
tempo da colheita. 
Pai, meu espírito perscruta Teus insondáveis mistérios. Calo-me em 
adoração. Como aprendiz de lavrador olho para o céu, aguardo e 
clamo. Dê-me paciência Senhor. Amém! 

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